Caminhos do Sul

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sábado, 21 de março de 2009

O milho em crise

Produtores estão cautelosos e o cereal deve sofrer quebra de safra
José luiz Giongo - agricultor de Seberi /RS
Foto: Tadeu Vilane
Por: Eliza Maliszewski e Renate Melgar

A perspectiva otimista de vendas e máquinas que abriu a décima edição da Expodireto Cotrijal, em Não-me-Toque, não se reflete nos produtores de milho da região, que estão cautelosos.
Os agricultores do Planalto Médio vivenciaram um bom momento nos últimos dois anos, quando o crescimento das exportações de frango e suínos, implicou no aumento da demanda por milho. Em função da crise financeira, essa fase propícia estagnou e os produtores rurais sentiram a necessidade de revisar o plantio, ato que foi debatido no 1º Fórum Nacional do Milho, no último dia 17, durante a Feira.
Em matéria publicada no site zerohora.com, no dia 18 de março, o presidente da Sociedade Rural Brasileira, Cesário Ramalho da Silva, afirmou que a decisão de reduzir a área plantada, reflete a cautela dos produtores, que não têm certeza do preço e da demanda. A saca estava em R$ 23 no início do plantio. Agora está em cerca de R$ 16, o que não cobre os custos de produção.

Para o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Milho, Odacir Klein, o quadro preocupa porque os preços não estão baixos por excesso de oferta e, se os produtores reduzirem o plantio, pode gerar desabastecimento para o próximo ano.

Segundo o último levantamento feito pela Companhia Nacional de Abastecimento, a área de milho no Estado está estimada em 1,39 milhão de hectares e terá quebra de 17,2% em comparação com o ano passado.

Fonte:http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&newsID=a2441902.xml

Saiba mais sobre Não-me-Toque: é um município localizado no Planalto Médio do Rio Grande do Sul, na microrregião do Alto Jacuí. Berço da colonização holandesa no Estado, foi emancipado pela Lei N° 2.555, de 18 de dezembro de 1954, do 2° Distrito de Carazinho. Em 1971 passa a chamar-se Campo Real, em homenagem ao cereal rei – trigo – cultivado em grande escala nas lavouras do município. Cinco anos mais tarde voltou a antiga nomenclatura.
Fonte: Livro "Não-Me-Toque no Rastro de sua História", de Sandra Cunha.

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