Por: Eliza Maliszewski
Foto: Prefeitura Municipal
Boa Vista do Cadeado é um dos 30 novos municípios emancipados no final da década de 1990, no Noroeste do Rio Grande do Sul. Historicamente a área territorial da cidade foi fração de terras primitivas do Brasil imperial e distrito mais antigo das Missões. Sua tradição histórica foi marcada por lutas entre colonizadores portugueses e espanhóis, na disputa pelo continente.
Sua conquista política na evolução revela a história da expansão territorial portuguesa. Foi um divisor de águas para as comunidades indígenas. Somente o Tratado de Santo Ildefonso estabeleceu os limites definitivos aceitos ao Tratado de Madri, firmando como território português a região atual do município.
A ocupação remonta à época das Missões Jesuíticas, quando em suas terras de campo espraiava o gado que abastecia os habitantes indígenas dos Sete Povos. O atual processo de ocupação do Cadeado se deu durante a Revolução Farroupilha, em 1938. Os grupos de famílias imigrantes alemãs chegaram em 1874, procedentes de São Francisco de Assis. A partir de 1893, começaram a chegar imigrantes italianos. Mas o grande fluxo migratório foi em 1921, influindo decisivamente no atual perfil dos habitantes.
Tornaram-se especialistas na produção agroquímica, altamente mecanizada, concentrando sua atividade na monocultura de trigo, soja e milho produzidos na vastidão de terras aproveitáveis.
Cruz Alta é município-mãe de Boa Vista do Cadeado. Erico Veríssimo, seu filho ilustre, passou dias da juventude na estância de seu tio João Raymundo Neto, pessoa de rara cultura e com papel importante no Distrito do Cadeado e no espaço político regional. A origem do nome da localidade provém do cadeado na porteira das terras que formavam a estância de João Raymundo.
Você conhece Boa Vista do Cadeado?
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